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Água utilizada na produção de leite é reaproveitada para irrigação de lavouras em fazenda no municíp

Texto Thalita Braga – Foto Divulgação

Na cidade dos cristais e da alta produtividade agrícola, o paranaense Reinaldo Figueiredo viu na produção de leite um negócio próspero. Antes de iniciar o projeto, Reinaldo buscou experiências mundiais, visitando 97 propriedades no Brasil, Nova Zelândia, Estados Unidos e Canadá, e trouxe para Cristalina o melhor de cada lugar. “Nossa primeira preocupação é produzir leite de qualidade, para isso foi necessário investir primeiramente em tecnologia e aquisição de animais”, conta.


Com instalações modernas, onde quase tudo é automatizado, a produção ganhou em qualidade e produtividade. O plantel de 600 vacas holandesas em lactação recebe tratamento especial nos free stalls. “As vacas precisam estar confortáveis, uma vaca agitada defeca demais, urina muito, come pouco, não produz bem e têm muitas doenças, por isso nossa preocupação com a ambiência e conforto”, afirma. Ele destaca também que esse modelo de “instalações livres” permite que, mesmo em confinamento, a vaca se alimente, descanse, saia para área de pastagem e usem os cow brushes (coçadores automáticos).


Adubação irrigada


Outra preocupação do agropecuarista é garantir a sustentabilidade do negócio. Para isso, Figueiredo investiu no reaproveitamento de água e tratamento de dejetos. Ele explica que toda a água utilizada na limpeza dos free stalls é proveniente de uma represa, que após o uso segue para uma máquina, que separa a parte sólida da parte líquida do esterco. “Da parte sólida é feita compostagem, que é utilizada na adubação das lavouras de café, milho, feijão, trigo, aveia e outros. Com isso eu tenho um menor custo com adubo”, explica. Mas segundo ele, a parte líquida que é o “grande negócio”. “Após a decantação, essa parte líquida, que é água e urina, concentra uma grande quantidade de ingredientes, que é bombeada via pivô para as lavouras, assim eu consigo irrigar e adubar ao mesmo tempo”. Com essa prática, a Fazenda Figueiredo assegura uma produção sustentável, fazendo reuso da água, economizando em insumos químicos e fertilizando o solo de forma biológica.


Crescimento

Com premiações a perder de vista, a Fazenda Figueiredo é modelo de produção de qualidade no Brasil. Até 2017, Reinaldo Figueiredo projeta uma produção média de 30 mil litros/dia na propriedade. Para isto, além do crescimento natural do rebanho, o agropecuarista conta dos investimentos feitos em melhoramento genético e na reprodução por transferência de embriões. “Hoje eu coleto embriões das minhas vacas holandesas tanto de TE como de FIV e transplantamos esses embriões em vacas nelores, assim eu faço minhas vacas nelores também parirem bezerras holandesas”, explica.


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